A possibilidade de explorar o universo ou de desvendar os mistérios do espaço impulsiona a curiosidade de milhões de pessoas em todo o mundo. Mas, em alguns casos, o interesse pelo assunto extrapola a simpatia pelos filmes e livros de ficção e vai para a vida real. É o que ocorre, por exemplo, com a estudante Isadora Stefanhak Costa Arantes, do Colégio Cenecista Santa Bárbara, em Arroio dos Ratos (RS).

Com 17 anos, a aluna do terceiro ano do ensino médio foi selecionada para participar de um programa específico sobre exploração espacial promovido pela Nasa – sigla em inglês que significa Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço. Realizado pela Advanced Space Academy, no Alabama, Estados Unidos, o curso seria realizado em julho deste ano, mas devido à pandemia foi adiado para 2021.

A conquista internacional foi alcançada com muito estudo e dedicação, explica Isadora. “Sempre tive uma paixão por astronomia e ciência e, já no oitavo ano do colégio, comecei a fazer aqueles foguetes de garrafa pet e foi evoluindo”, ressalta a aluna, que sempre contou com o incentivo dos pais e desde os 2 anos e 4 meses estuda na CNEC.

A determinação da jovem resultou na participação da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica e da Mostra Brasileira de Foguetes, dois anos atrás. O bom desempenho alcançado garantiu ainda o convite para participar da Jornada de Foguetes.

E foi justamente pesquisando mais informações sobre o tema que Isadora tomou conhecimento do programa da Nasa, no fim do ano passado. A inscrição foi feita com o apoio da professora de física do Colégio, Ester Rosari Raphaelli Dal Ben, que também leciona as disciplinas de química e biologia.

Para Ester, é gratificante observar um êxito tão considerável ser alcançado em um prazo relativamente curto. “Me sinto muito honrada de ter passado por um processo desse junto com ela e perceber, realmente, que aquilo que gente planta a gente consegue ver o resultado e, com ela, estou vendo a curto prazo”, pondera a professora que é engenheira química e bioquímica, com mestrado e doutorado em Medicina e Ciências da Saúde.

A seleção para o curso incluiu também a realização de testes de conhecimento na língua inglesa, o envio de uma série de documentos comprobatórios das atividades desenvolvidas no Brasil sobre o tema, como os certificados de participação dos eventos nacionais, e cartas de recomendações escritas pelos professores.

Houve ainda a necessidade de encaminhar um projeto. “Enviei um que fiz para a feira de ciências do colégio, que era sobre motores de mini foguetes de combustível sólido”, revela. Coincidentemente, a construção desse tipo de foguete também será o desafio proposto na final do curso americano.

Sobre a futura profissão, a estudante não tem dúvidas. “Vou tentar para todas as universidades que eu puder, nacionais e internacionais, o curso de astrofísica ou engenharia aeroespacial”.

A CNEC deseja boa sorte para a Isadora!